As
primeiras cordas foram produzidas com tripas de animais como porcos e
cordeiros (existem cordas desses materiais até hoje) e crinas.
Posteriormente em 1860, surgem as cordas de aço, e muito tempo depois,
em 1940, as primeiras cordas de náilon, fabricadas pelo luthier
dinamarquês Albert Augustine. Atualmente, são usadas também cordas de
níquel. Cordas de maior calibre são feitas de filamentos de prata,
bronze, cobre, níquel ou aço em torno de várias fibras de náilon ou seda
ou de um único fio de náilon, metal (aço ou níquel, em formato
cilíndrico ou hexagonal) ou de uma tripa animal. Dependendo do calibre,
podem haver camadas duplas ou triplas de filamento.
As
cordas são sempre contadas de baixo pra cima, sendo a primeira corda a
mais fina (conhecida como prima) e a mais grossa a última (conhecida
como bordão).
Timbragem.
Além
dos materiais que compõem o baixo e o modo como o sinal é jogado nas
caixas de som, existem alguns fatores que influenciam o som de maneira
mais direta, alterando assim a timbragem. Comecemos analisando o calibre
das cordas.
As
cordas possuem calibres (espessura) diferentes cuja medida geralmente é
em polegadas, tendo como referência sempre a primeira corda.
0.35,
0.40, 0.45 e 0.50 são os calibres mais populares. O “brilho” (forma
popular com que são chamadas as freqüências agudas) é maior no calibre
'0.35', enquanto o calibre '0.50' tem um destaque maior das freqüências
graves.
Geralmente
baixistas de Rock ou Funk preferem cordas de calibre mais brilhante, já
os baixistas de Blues, Jazz e M.P.B. tendem a preferir calibres mais
“foscos ou aveludados” (termos populares para as freqüências graves), o
que não significa que todos devem seguir essa cartilha a risca. Devemos
experimentar os tipos de cordas até acharmos o nosso padrão ideal.
Variações
dos calibres citados acima são tidas como exóticas e são achados sob
encomenda ou em lojas especializadas. Outra combinação considerada
exótica, é a em qe cordas de guitarra são adicionadas, visando-se um
alcance de notas mais agudas.
Rolamento.
O rolamento da corda também é um fator muito importante para a construção da sonoridade. Elas podem ser dos seguintes tipos:
Cordas Round Wound:
Possuem um preço geralmente mais barato. Sua timbragem é mais brilhante
por conta de maior resposta dos agudos (podendo ser utilizada em ritmos
como Funk, por conta dos slaps e Rock por conta do pizzicatomais
estalado). Sua superfície áspera tem um som mais singular mostrado no
raspar dos dedos.
Cordas Flat Wound:
Tem o filamento liso e achatado. Sendo assim, sua superfície fica lisa e
deslizante. Possui uma sonoridade mais próxima do baixo acústico, tendo
um som mais opaco e de pouca duração (sustain). Possui uso mais regular
em estilos como o jazz, o blues e alguns segmentos da M.P.B.
Cordas Half-Flat / Half-Round:
Possuem uma sonoridade menos opaca que as Flat Wound e mais suave que
as Round Wound. Assim como o timbre, a duração das notas (sustain)
também se encontra em um nível intermediário.
Espero que tenha ajudado um pouco mais nas batalhas do dia-a-dia de vocês.
Fonte: Diego Maia - baixista.com.br
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